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O setor de moda é um dos maiores destaques de compra em datas sazonais e outros períodos do ano. Mesmo durante o período mais intenso de pandemia, esse segmento se manteve em evidência com resultados importantes nos e-commerces que comercializam esse tipo de produto.

Com a melhora da pandemia e a retomada das atividades presenciais sem restrições, o ano de 2022 foi ainda mais próspero para os negócios desse segmento. Segundo o índice MCC-ENET, em janeiro de 2022, o setor de moda conseguiu movimentar mais de R$63 milhões.

Prova disso é que, aqui na Voxus, nossos clientes desse setor durante os três primeiros trimestres de 2022 conseguiram chegar a uma receita somada maior que R$22 milhões. Ou seja, esse é um mercado bastante quente e com possibilidade de um crescimento maior.

Cenário em 2022

Segundo o The State of Fashion da McKinsey & Company, o recuo do distanciamento imposto pela COVID-19 impulsionou as compras em 2022. Agora, os itens do setor de moda voltam a ser prioridade nos gastos dos consumidores.

“Acredito na existência de dois fatores que contribuíram com a ascensão do mercado digital, sendo eles a pandemia do COVID-19, que com o fechamento das lojas físicas os brasileiros adentraram ao consumo online de forma acelerada. Contudo, anteriormente a esse fato, temos um baixo índice de aderência do consumidor com o mercado online, por isso, os percentuais de crescimento do Brasil são bem mais expressivos, ao compararmos com os outros países. Quando trazemos esse recorte para o setor de moda, temos o forte agravante do crescimento dos marketplaces e um aumento da taxa de novos entrantes no mercado, o que potencializou ainda mais a concorrência no ambiente online”, comenta  Luisa Mayer, Analista de marketing digital da Grendene.

Essa digitalização excessiva movimentou o mercado, acelerando o processo de compra online. Porém, isso foi sentido em todo o mercado em diferentes segmentos, como de departamento, por exemplo.

No caso específico do setor de moda, os varejistas tiveram que passar por um grande processo de adaptação para atender todas as necessidades e demandas dos consumidores. Esse comércio sem contato já era praticado, mas se intensificou muito mais pela impossibilidade de estar na loja e provar o produto antes de comprar.

O The State of Fashion 2022 da McKinsey & Company aponta que nos Estados Unidos, as chamadas “compras de vingança” foram as principais responsáveis pelas altas nos números no setor de moda. Esse termo diz respeito às compras feitas no início desse ano, como uma resposta do consumidor ao tempo em isolamento e a possibilidade de voltar a adquirir produtos importantes para eles.

Ou seja, depois de alguns anos, a disponibilidade de compra de itens voltados para vestuário é maior, mostrando que a intenção de compra ainda é crucial para o sucesso dos resultados.

Nesse período, as grandes marcas do setor trabalharam com o marketing de fidelização, para driblar a alta concorrência e deixar o consumidor mais informado. Além disso, esse tipo de estratégia também ajuda na personalização e experiência do cliente, fortalecendo o relacionamento entre consumidor e marca.

Principais desafios do setor

Diante de tantos acontecimentos e realizações nos últimos anos, o setor de moda possui grandes desafios para o ano de 2023. Atualmente, questões voltadas ao meio ambiente e proteção de dados. Confira mais sobre cada uma dessas partes a seguir:

Impacto com o meio ambiente

Do período antes da pandemia até aqui, uma das grandes mudanças em relação aos consumidores é focada na questão sustentável. A pauta já vinha ganhando destaque, mas com o isolamento social e a despriorização das compras por itens de moda, esse tema voltou a ser comentado.

Após a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas, a COP26, várias empresas e países começaram a se mobilizar em relação ao problema das mudanças climáticas.

Dentro disso, a moda tem papel ativo e fundamental nesta pauta, já que essa é uma das indústrias que mais polui o ambiente, com mais de 12,8 mil toneladas por ano indo para aterros sanitários, segundo dados da ShareCloth.

Com isso, grandes países e os próprios consumidores estão cobrando uma diminuição de resíduos durante a produção das peças de roupa de todas as marcas de moda. 60% das empresas do setor de moda já investiu ou pretende investir na reciclagem de seus produtos e seus impacto no planeta durante o próximo ano.

Além disso, durante a COP26, ficou definido que marcas e varejistas devem se unir para investir na pesquisa de materiais alternativos menos agressivos ao planeta para a confecção das peças de roupas e acessórios.

Resiliência cibernética

Com o forte processo de digitalização dos e-commerces, outras ameaças começaram a aparecer e preocupar os lojistas. As ações de ataques cibernéticos são bastante sérias,  podendo comprometer os negócios e a confiança entre clientes e fornecedores.

Um dos desafios do setor de moda apontado pela McKinsey & Company é relacionado a esse tema, com a resiliência cibernética. Esse termo diz respeito à capacidade de se preparar, agir e retomar o controle diante um ataque virtual e outras violações desse tipo.

Segundo o relatório, 53% do mercado de moda acredita que é provável ou muito provável que a sua empresa experimente um ataque cibernético significativo nesse último ano.

Outra preocupação do setor é em relação a coleta de dados e tratamento dessas informações. Atualmente, o consumidor tem mais receio em fornecer dados pessoais, adicionando apenas o necessário no cadastro e, algumas vezes, apagando a conta logo em seguida.

As empresas de moda precisam estar mais organizadas para evitar esse tipo de ação, investindo na segurança e proteção dos dados de seus clientes. Segundo a mesma pesquisa, até 2025, espera-se que as vendas online representem 1 ⁄ 3 de todo o faturamento do setor de moda.

Por isso, é importante estar protegido ciberneticamente para que varejistas cresçam junto com o setor. Algumas atitudes para melhorar esse aspecto no setor são:

  • Identifique os maiores riscos atuais;
  • Crie recursos que evitem ataques virtuais;
  • Reforce a habilidade de detectar e responder rapidamente a ações de perigo cibernéticos;
  • Faça uma simulação do pior cenário e trabalhe para evitá-lo;
  • Esclareça com seus clientes suas responsabilidades e movimentações para segurança de seus dados.

Tendências no Brasil

Diante desses desafios, o segmento de moda possui algumas tendências de mercado muito interessantes para se investir e ficar de olho. Algumas delas já estão sendo implementadas no dia a dia do setor, mas com a pandemia e outros cenários mais urgentes, acabaram por ficar menos populares aqui no Brasil.

No entanto, com o aumento da tecnologia e a intensidade da presença digital na rotina dos consumidores fazem com que essas novidades cheguem no próximo ano com mais força. Confira:

Social Shopping

O conceito de social shopping é bastante utilizado pelos consumidores, mas muitos não sabem que essa prática tem esse nome. Basicamente, o social shopping consiste quando o cliente, antes de comprar o produto e ainda inseguro, procura comentários, avaliações e opiniões de consumidores que adquiriram o item desejado.

Elas também podem estar presentes nas redes sociais, com comentários e até posts patrocinados, funcionando nesse caso como um tipo de desdobramento do marketing de influência.

No caso do setor de moda, essa tendência é ainda mais interessante e promissora. Algumas marcas e plataformas já estão oferecendo descontos e recompensas aos clientes a partir de comentários e reviews de produtos.

37% do mercado de moda acredita que o social shopping vai impactar a performance e resultado das marcas, de acordo com a McKinsey & Company.

Passaporte digital de produtos

Nessa corrida para evitar desperdício e ter atitudes mais sustentáveis, as marcas de moda vão começar a empregar o passaporte digital de produtos, que busca impulsionar a economia circular.

Essa medida funciona através da leitura do código de barras dos produtos e, a partir disso, o consumidor tem acesso aos componentes, como reutilizar a peça, reciclagem e a gestão de resíduos. Assim, fica mais fácil aumentar a responsabilidade ambiental dos clientes e permitir que o produto dure muito mais.

Segundo o estudo, 2 a cada 5 comércios do setor de moda planeja ou já passou a adotar seu passaporte de produtos durante o ano de 2022

Desenvolvimento de aplicativos pelas marcas do segmento

A consolidação da internet no processo de compra trouxe outras oportunidades para as marcas e empresas. Uma das estratégias é a criação de um aplicativo, pois facilita a interação com o cliente e ajuda a impulsionar as vendas.

Esse tipo de ferramenta expande a divulgação dos produtos, ajudando a criar um contato mais direto entre o seu consumidor e a marca, construindo a fidelização e conexão com diferentes tipos de clientes.

Com um app, você cria a possibilidade de ter uma vitrine virtual exclusiva, trabalhando as estratégias de marketing para atingir o resultado desejado. Dentro do setor de moda, muitas empresas já apostaram nessa técnica e vem conquistando muito mais espaço e sendo prioridade para as escolhas do cliente, 

Voxus e Moda

O setor de moda está se recuperando bem dos impactos da pandemia, tendo suas compras online mais impulsionadas e sempre se destacando durante as compras sazonais.

Porém, um dos grandes riscos para as marcas que fazem parte desse segmento é a grande concorrência de mercado. Com isso, os especialistas Voxus apontam que os e-commerces e marcas do setor precisam investir em novas tecnologias que ajudem em seus resultados.

Essas inovações precisam ajudar a melhorar o relacionamento com o cliente, conseguindo nutrir todo o funil de vendas, impactando consumidores em todas as suas etapas de compra.

Assim, mesmo com muitas opções e diferentes ofertas, uma comunicação assertiva, no momento mais adequado, ajuda ganhar novos clientes e fidelizar os antigos, potencializando os números e alavancando as vendas.

Com isso, a Voxus trabalha junto aos seus clientes para trazer o público mais qualificado para a conversão por meio da mídia programática. Para mostrar um pouco do potencial de adicionar esse canal para o mix de mídia, apenas no setor de moda, a Voxus conseguiu trazer grandes números e resultados.

“Dado o cenário de ascensão do mercado digital, a programática teve um papel fundamental no crescimento das nossas vendas, visto que nesse processo de digitalização tínhamos a necessidade de popular nosso e-commerce com acessos de novos usuários e ainda assim, atender as altas metas de receita, considerando o cenário de pandemia que atingia o restante da companhia. Através da Voxus, conseguimos atingir novos usuários e ainda garantir altos resultados de ROAS. Entendendo o fluxo do funil de conversão, esse processo será constante, de mantermos um alto fluxo de usuários sendo impactados pela marca, para gerarmos uma venda posteriormente”, realça Luisa sobre a importância da programática para os resultados da marca de moda Melissa, cliente da Voxus.

Durante os três primeiros trimestres de 2022, trabalhamos em conjunto com nossos clientes do setor de moda para impulsionar os resultados, chegando a números grandiosos:

  • Mais de 2,5 milhões de usuários;
  • Mais de 3 milhões de sessões;
  • Mais de 22,1 milhões em receita;
  • Aumento de 48,8% de novos usuários entre o 2° e 3° trimestre do ano de 2022;
  • Mais de 12,8 milhões em receita de junho a setembro de 2022.

Expectativa Voxus para o setor de moda em 2023

Mesmo performando bem durante todo o ano de 2022, os impactos da pandemia no setor foram fortes.

De acordo com IEMI, Inteligência de Mercado, a produção de vestuário em abril de 2020 caiu mais de 90%, impactando as vendas e trazendo um déficit de 70% no mercado.

Apesar de ser um número alto, é importante destacar que sua queda é causada pelo momento de incerteza que o mundo vivia, com consumidores preferindo investir o seu dinheiro em bens mais essenciais.

Durante o ano de 2023, o mercado tende a melhorar ainda mais seus números. Segundo os especialistas da Voxus, olhando ano contra ano, a expectativa é que haja um crescimento de 3 a 5% do setor. Sendo que, os dois primeiros meses do ano costumam ser mais fracos para o setor, mas a partir de março há um crescimento considerável.

Para o próximo ano, os consumidores estarão muito mais exigentes, querendo ações sustentáveis e um posicionamento de suas marcas frente a essa questão.

A tecnologia vai fazer parte do mercado de maneira muito mais incisiva, estando presente em questões de segurança de dados, catalogação de produtos para ser mais sustentável e servindo de prova social para as compras de clientes.

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