As lojas de departamento fazem muito sucesso no Brasil e vem ganhando cada vez mais espaço no mercado. Com a pandemia de 2020, o setor se viu em um cenário delicado com o fechamento de várias lojas físicas espalhadas pelo país.
A partir daquele momento, iniciou-se um processo de adaptação ao digital, focando em estratégias para impulsionar o e-commerce e alavancar as vendas.
O resultado foi melhor do que o esperado, segundo o estudo da Webshoppers 43, da Ebit/Nielsen & Bexs Banco, o e-commerce brasileiro no geral cresceu em 41% em 2020, sendo que um dos maiores destaques vai para as lojas de departamento, que foram responsáveis por 84,3% das compras online.
Isso mostrou que, mesmo com um momento de crise, os clientes não abandonaram as melhores ofertas e estão ainda mais no controle de seus pedidos. Um levantamento interno realizado pela Voxus mostrou que, durante o ano de 2021, os consumidores do setor de departamento foram muito mais impactados por promoções.
Durante as datas comemorativas, como dia das mães e dia do consumidor, o crescimento de vendas do ano passado é bem forte chegando a 30%. Esse aumento é mais expressivo durante o Cyber Monday e Black Friday, com um acréscimo de 120%.
Mas, alguns anos depois, qual é o cenário que se espera para o setor? Quais as maiores lições durante o isolamento?
Pensando em entender melhor quais os próximos passos, a Voxus conversou com Guilherme Werle, coordenador de e-commerce da Lojas taQi e Mayara Pinheiro de Almeida, coordenadora de e-commerce da Casa&Vídeo para comentar sobre as mudanças e expectativas do setor.
Estratégias omnichannel
Recentemente, o termo omnichannel começou a ser cada vez mais difundido no meio empresarial. Esse tipo de estratégia é voltada para o oferecimento de mais canais de contato entre os clientes e a marca, garantindo também integrações que facilitam o processo de atendimento e relacionamento.
Para Mayara, o período de isolamento trouxe muitas lições para a aplicação desse conceito na prática: “A pandemia chegou para mostrar para o público externo e para o público interno a importância do negócio digital. Além dos clientes, toda companhia voltou-se para o e-commerce quando as lojas perderam seu espaço para a Covid-19. Foi possível inserir o conceito de que omnicanalidade é o melhor caminho e que não existe apenas um comportamento de compra.”
“O cliente pode e deve decidir onde quer consumir e em que formato é mais adequado para ele, seja comprando de casa e buscando em loja, seja comprando e recebendo na própria casa ou até mesmo comprando com um vendedor no PDV e recebendo em sua residência”, complementa Mayara.
Maior procura por produtos para casa
Mesmo que o isolamento social tenha sido a causa do fechamento das lojas físicas, ele trouxe outro insight para o setor: o aumento na venda de itens para casa.
“O consumo de venda de itens para casa aumentou bastante durante a pandemia, as pessoas passaram a ter outro tipo de relacionamento com o ambiente de casa, que também se transformou em ambiente de trabalho e foi preciso se adequar para isso”, comenta Mayara.
Ao estar mais tempo em casa, os consumidores mudaram seus hábitos, iniciando uma nova rotina e se adequando com as restrições impostas pela pandemia. Mayara comenta que além dos artigos para a casa, itens para equipar a cozinha também tiveram um aumento expressivo nesse período.
Como a Voxus ajudou os clientes de e-commerce do setor de departamento?
Durante os seis primeiros meses de 2022, os clientes da Voxus clientes de e-commerce do setor de departamento receberam grandes números como:
- mais de 680 mil usuários de janeiro a junho;
- mais de 54 mil novos usuários de janeiro a junho;
- mais de 1 milhão de sessões de janeiro a junho;
- mais de 9.700 mil conversões janeiro a junho;
- mais de 7 milhões de reais de receita total de janeiro a junho.
Novos desafios
Depois de dois anos, muitas coisas aconteceram no mundo, principalmente no cenário econômico. Agora, com a reabertura dos espaços físicos, as adversidades são outras e a competitividade do mercado vem crescendo com a volta do mercado de turismo e eventos.
“Para 2022 os desafios são outros, e ainda maiores, o cenário mudou completamente. Economicamente falando, o dinheiro do consumidor não compra o que comprava na pandemia. Hoje está tudo mais caro e, além disso, o cliente está dividindo este mesmo dinheiro em coisas que antes não podia fazer como festas, viagens entre outras coisas”, comenta Guilherme.
Por outro lado, o relacionamento do consumidor com o e-commerce do setor de departamento se transformou, fazendo com que as empresas aproveitem essa cooperação entre canais e diversifique sua abordagem.
Com isso, é esperado que o segundo semestre de 2022 seja estável para esse setor, principalmente por terem uma vitrine muito grande de produtos, atendendo às diferentes necessidades dos consumidores em um só lugar.